enquanto mantê-la trancada dentro de si.
Ela não nasceu para viver em silêncio,
nem para ser guardada como segredo.
A felicidade, quando escondida, adoece.
Definha em um canto escuro da alma,
implorando por luz, por voz, por liberdade.
Você a procura nos outros, nos lugares,
nas metas que risca com orgulho no papel.
Mas ela continua ali, acorrentada,
esperando que você a permita viver.
Felicidade é gesto. É riso compartilhado.
É abraço oferecido sem motivo.
É permitir-se sentir — e permitir que vejam.
É não ter medo de ser inteiro diante do mundo.
Enquanto a esconder, será só ausência.
Enquanto a temer, será só busca.
Mas no instante em que a libertar,
ela deixará de ser um destino —
e se tornará caminho.
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